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Fecho de Pasto realiza mutirão para reconstrução de rancho e curral destruídos por grileiros

No último sábado (10), fecheiros do Território do Fecho de Pasto de Vereda da Felicidade, que faz parte do município de Correntina – BA, organizaram um mutirão, com cerca de 50 pessoas para reconstruir do rancho e curral comunitário, destruídos por grileiros que estão em conflito com a área. O mutirão obedeceu às normas de segurança devido à pandemia da Covid-19.




A iniciativa contou com a solidariedade de diversas comunidades de fechos de pasto entre elas: os fechos de Guará Pombas, Capão do Modesto e do Gado Bravo. O mutirão foi visto como um ato de resistência contra as investidas e violência dos grileiros, como afirma um dos participantes dessa ação “a nossa luta é para defender e garantir o direito de todos que precisam das águas deste gerais para viver desde aqui até o rio São Francisco”. As comunidades se manterão firmes na defesa e na manutenção da posse do seu território.

A situação de violência sofrida pelas comunidades que compõe o Fecho de Pasto da Vereda de Felicidade é de longo período, movida por fazendeiros que tentam grilar a área e já causou diversos prejuízos aos fecheiros.


Foram diversos ataques com destruição das benfeitorias dos fecheiros como quilômetros de cercas de arame, curral comunitário, rancho de apoio e a sede da associação que já estava em ponto de madeira. As últimas ações violentas dos fazendeiros com destruição destas benfeitorias foram entre os dias 22 a 24 de janeiro deste ano 2021, com obstruções com máquinas na estrada de acesso, aberturas de valas e grandes barricadas de areia. Mesmo diante dessas ações, as comunidades não se intimidaram e fortalecem o coro de que não desistirão de lutar pelos seus direitos.


A reconstrução é fruto da articulação das comunidades que se uniram também na realização da campanha #TôFechadoComOsFechos, que além de arrecadar o montante financeiro necessário para reerguer os locais, nasceu com a proposta de fortalecer a identidade dos fechos e denunciar as violências que essas comunidades têm vivenciado.



Via CPT – Núcleo de Bom Jesus da Lapa



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