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2ª Etapa do Projeto Liberta aborda a comunicação revolucionária de Esperança Garcia

  • aatrba
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura
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Realizada de 17 a 19 de outubro, ação voltada para familiares e sobreviventes do cárcere, também discutiu Fake News e Inteligência Artificial 


A apropriação da comunicação como ferramenta de emancipação e luta foi tema das discussões com familiares do Projeto Liberta na 2ª etapa de formação sobre comunicação para direitos humanos. A ação, que aconteceu de 17 a 19 de outubro, visa fomentar atividades focadas em comunicação popular e incidências em políticas públicas para familiares e sobreviventes do cárcere.


“Somos um pouquinho de outras mulheres” com essa máxima a advogada popular, escritora e associada da AATR, Kota Gandaleci, deu as boas-vindas e iniciou a atividade de formação sobre comunicação popular na primeira parte do encontro. Na ocasião, Kota convocou as mulheres a reconhecerem outras que foram/são importantes nas suas trajetórias, a fim de destacar experiências pessoais de cuidado e afeto. 


Trazendo como inspiração Esperança Garcia - mulher negra,  reconhecida a primeira advogada do Brasil -  e de posse do seu livro de poemas “Bakulo”, a escritora destacou que, embora a oralidade seja uma marca inconteste da luta das comunidades negras em diáspora, a escrita é uma importante aliada no enfrentamento às injustiças, em especial no sistema prisional. "Temos que entrar na arena da disputa de narrativa, contar e registrar as nossas  histórias é um passo para essa revolução", afirmou Kota. 



Após apresentar a trajetória de Esperança Garcia, a sua carta, considerada o primeiro habeas corpus do Brasil, foi lida como um exemplo do uso da comunicação como instrumento de denúncia. Durante a formação foi ressaltado ainda que as mulheres na condição de familiares de pessoas em privação de liberdade podem e devem fazer uso da comunicação como forma de reivindicar e denunciar violações de direitos. 


Como tirar uma boa foto? Como fazer um podcast ou se arriscar no audiovisual foram algumas das atividades propostas às cursistas na segunda parte do encontro. O momento contou com a facilitação das comunicadoras populares e assessoras de comunicação da AATR, Daiane Santiago e Rebeca Bastos, que abordaram o módulo feito exclusivamente para a turma e trouxeram exemplos de uso de ferramentas de comunicação e propostas de atividades práticas que foram realizadas pelas mulheres. 



"A comunicação pode nos favorecer e também nos destruir. Estamos buscando fazer barulho, mas fazer o barulho correto, com conhecimento" comentou uma familiar. A frase sintetiza bem os desafios das inovações tecnológicas no campo da comunicação, tema do último dia de encontro, que abordou Fake News e Inteligência Artificial. Na ocasião, a comunicadora Daiane Santiago destacou a importância de conseguir identificar as mentiras que circulam nas redes, bem como vídeos manipulados “deepfakes”, produzidos por IA. Ao final foram realizadas dinâmicas para a identificação de Fake News com ampla participação das cursistas. 


O Projeto Liberta é uma iniciativa da AATR em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos, realizada com familiares da Frente Estadual pelo Desencarceramento e com integrantes do Coletivo de Familiares de Pessoas Privadas de Liberdade. Ancorada na Educação Jurídica Popular, a iniciativa realiza formações periódicas sobre os direitos das pessoas em cárcere, apoiando-as na identificação e enfrentamento diante de possíveis violações. 


Texto e fotos: Ascom/AATR

 
 
 

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